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sábado, 13 de novembro de 2010

Boeing 787 efetua pouso não programado com fumaça a bordo.

O segundo Boeing 787 (ZA002) pintado nas cores da All Nippon sofreu uma pane que causou a presença de fumaça na cabine principal durante a aproximação para Laredo, no Texas nesta terça.


A tripulação continuou a aproximação e pousou com segurança no aeroporto, evacuando a aeronave sem maiores problemas. Ainda não há informações adicionais sobre o que teria causado o problema durante o voo.

A aeronave decolou de Yuma, no Arizona, as 6:30 a.m. desta terça, voou por quase todo o território central americano e estava voando a sudeste do Texas a caminho do aeroporto Valley International em Harlingen, Texas, quando alternou para Laredo.

A rota e plano de voo pode ser vista no FlightAware.

Fonte: Seattle Pi

Embora sejam comuns os problemas durante os voos de teste e homologação (são para isso que servem essas longas etapas de certificação), fumaça a bordo não é algo esperado. A Boeing deverá divulgar em breve o que aconteceu, se foi problema na aeronave ou nos equipamentos eletrônicos de testes a bordo, já que a transparência é uma marca da empresa.

UPDATE 22:30: De acordo com FlightBlogger, as escorregadeiras foram usadas para evacuar os mais de 30 técnicos a bordo. De acordo com o FAA a aeronave pousou as 19:54 GMT.

Uma outra fonte informa que o ZA002 pousou em Laredo depois que um princípio de fogo iniciou-se na baía de equipamentos eletrônicos traseira, causando o apagamento dos PFD’s e falha no Auto Throttle, além da RAT aberta.

Continuarei atualizando este post com mais informações.

UPDATE 23:58: Se for confirmada esta informação de que a RAT estava estendida, podemos especualar algumas coisas: Se a filosofia de extensão da RAT para o 787 for parecida com a do 777, ela só poderia estar atuada se algumas condições ocorressem:

Hipótese 1: O piloto estendeu a RAT manualmente.

Hipótese 2: Ela estendeu automaticamente e para isso seriam necessárias algumas destas condições abaixo (se for a mesma filosofia do 777, quero deixar bem claro)

1- Aeronave em voo

2- Airspeed maior que 80 Knots

3- Ground Speed valid

4- Motor esquerdo e ou direito com N2 < Idle

5- Dados do motor inválidos

5- Sistema Hidráulico C com pressão < 2200 PSI

6- Sistema Hidráulico L R C com pressão baixa ao mesmo tempo

7- Várias configurações de problemas com bombas hidráulicas (incógnita)

A lógica para extensão da RAT é complexa, mas o caminho mais fácil seriam as seguintes condições (todas têm que ser verdadeiras):

1- Avião fora do solo (verdade)

2- GroundSpeed > 80 nós (verdade)

3- Airspeed > 80 nós (verdade)

4- Dados dos dois motores inválidos (plausível por se tratar de fogo a bordo)

5- Bomba Hidráulica Elétrica do Sistema C com pressão < 2200 PSI (plausível em caso de perda de força elétrica)

Se as cinco condições acima ocorreram simultaneamente e a lógica for igual ao do 777 então a RAT cairia automaticamente.

Estou bem curioso para saber o que ocorreu :/
 
Fonte: Aviões & Músicas

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