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sábado, 7 de maio de 2011

Aviação - Foi com esta máquina que realizei meu sonho de voar

Depois de muitos anos criei coragem e fui fazer um curso de pilotagem de ultraleves, depois de pesquisar encontrei em Fortaleza um local indicado para concretizar meu sonho de ícaro, era o AERO-LEVE, campo ao lado do AEROCLUBE de Fortaleza, conheci lá o Cmt Cícero Lima, mais conhecido como Cmt Lima (recentemente acidentado, mas escapou).

Iniciei com as aulas de teoria (metereologia, noções básicas de navegação aérea, etc) e depois de completada esta fase (depois de uma prova escrita meio dificil) e os exames médicos de praxe, comecei as aulas de vôo propriamente ditas.
Marcado para 7h. do dia seguinte, muito cedo já estava lá, ansioso para voar e mais ainda começar a mexer nos comandos de uma aeronave. Lima chegou no horário combinado e iniciou os procedimentos.
Primeiro circular o equipamento (Mistral) checando estruturas, e partes móveis profundor, leme, ailerons não, pois eles são toda a asa inferior, incrível não?

ABAIXO RÉPLICA DO MISTRAL NA MINHA BANCADA

Pois bem, decolamos e neste vôo apenas observei os procedimentos, já no segundo , lá por cima (uns 1000 pés) comecei a segurar o manche, que é como um joystick de jogos de computador, mas que determina as cabragens, picadas, airelons para esquerda e direita, e o botão para acionar o rádio de comunicações com outras aeronaves ou com a torre de controle. Leme nos pés (raramente usado em vôo, apenas para o pouso quando se precisa glissar , procedimento de acionamento simultâneo e contrários de leme e ailerons para alinhamento na pista quando temos vento de través).
Aceleradores, um do lado esquerdo do piloto e outro do lado direito do instrutor.
mais abaixo narrarei de como dei uma razante em umas vacas e como o Cmt Lima me deu um susto não me alertando (eu distraido e empolgadão) ia perdendo altitude na vertical da cidade 2000.

NA FOTO ABAIXO JÁ ESTOU PRONTO PARA TAXIAR E DECOLAR PARA MAIS UMA INSTRUÇÃO DE VÔO (10 ANOS ATRÁS)

A partir da terceira aula o Cmt Lima já me deixava conduzir  o taxiamento até o ponto de decolagem, e ai eu estranhei muito porque enquanto em um carro as curvas eram feitas com a mão no volante, no Mistral controlava-se com os pés, os mesmos pedais que controlam as curvas do ultraleve no solo, controlam o leme em vôo. Tudo muito diferente.
Antes de entrar na pista posicionava o Mistral a mais ou menos 45° para observar eventuais pousos de outras aeronaves na cabeceira. Tudo limpo, era hora da fonia com a torre (eu fazia a fonia) comunicando a decolagem, destino, tempo de vôo, etc (o plano de vôo já tinha sido passado para a torre previamente), e depois da autorização estávamos pronto para a decolagem. Posicionado na cabeceira, pé firme no freio e acelerava (acelerador na mão, do lado esquerdo da poltrona) tudo, neste momento notava que o Cmt. se remexia todo na poltrona dele , acho que ficava nervoso com o manicaca que vos fala. Soltava o freio e o Mistral disparava pela pista curta, mão no manche (joystick) coração disparado. Aos 100km/h puxava o manche suavemente e percebia-se o ultra se afastando do solo. Muito rápido já estava sobrevoando a BR-116 e o Lagamar, o rumo era a Praia do Futuro, o referencial eram dois prédios altos e gêmeos na orla.

CONTINUA ...
 

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