Estatisticamente existem fatores humanos que provocam tragédias em aviação, dentre eles o exibicionismo e o excesso de confiança, na aviação real e no aero/helimodelismo também. Porque razão se encontra lugares fantásticos para voar no interior, grandes espaços, e frequentemente não gostamos? respondo: falta de público, e até as vezes tem público, mas é a matutada que não entende nada de aviação e às vezes chega até jogar objetos contra as aeronaves. Gostamos mesmo é de ser visto pelos nosso iguais, para mostrar uma manobra nova, etc. Voar só não tem graça.
Bem voltemos ao assunto central deste post:
Como sempre no Park Side de manhã estava eu e o meu novo xodó, o EC 135 amarelinho, velho por dentro e mais ou menos novo por fora, quando chega um conhecido meu, ex-piloto de helicóptero da Petrobras, centenas de indas e vindas para as plataformas no Rio de Janeiro. Conversa vai conversa vem, e eu cauteloso com o vento (os carenados sofrem mais com o vento, o rotor de cauda fica de um lado e a reação perante um vento de través as vezes não impedem uma rodada inesperada), pois é, cauteloso, voando baixo, sentindo o vento. O colega instigou "Cumequié , só voa baixinho mesmo?", e eu - é porque estou avaliando a velocidade do vento. E ele "Mas o vento está fraquinho (era umas 6:30h e o vento ainda estava fraco mesmo, mas como o sol já estava começando a esquentar temi uma rajada inesperada, já lá em cima. Mas o amigo continuava a provocar "Bora homem o vento está bom", e ai decidi, tá bom , pousei, troquei a bateria, regulei o regressivo do rádio para 7 minutos (bateria dura menos num carenado pelo peso maior), e decolei full motor, picadão, heli de proa apontando para o solo na direção sudoeste, e tomando altitude, e o amigo "Égua, esta porra sobe mesmo" e eu empolgadão, e o heli já era uma manchinha amarela no céu de brigadeiro. Quando comecei a curva para o leste o vento soprou forte e a cauda já deu uma curvada violenta para a direita (a proa para a esquerda) sem o meu comando. PUTZ QUE LA MI PARIU !!!, agora TOFU, dei uma corrigida forte, a cauda girou 180º para o lado oposto (quando o torque venceu a tendência, puxou exagerado para o outro lado). Tinha hora que ficava de frente, de lado, do outro lado, a luta estava grande e o amigo piloto só dizia "Isto é que é piloto, dá nele Alberto" a essa altura não sabia se era elogio ou gozação, e eu suando frio.. Quando conseguir trazer mais para perto, a ventania aumentou, CATZO !!! o heli subia e descia mais do que calcinha de puta, depois de muita luta consegui pousar, a bateria quase no fim. Valeu pelo olhar de admiração do meu amigo ex-piloto e eu doido para ir para casa trocar a bermuda depois deste vôo que chamei de mela cueca. Nem eu mesmo compreendi como consegui pousar. Nunca confie no vento ele pode mudar a qualquer momento.
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sexta-feira, 5 de março de 2010
Peguei corda (ar) , ia derrubando meu helicóptero
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